28.03.23

Camila Feitosa, de 14 anos, é uma das promessas para o futuro feminino em áreas da tecnologia no Brasil

Camila Feitosa, de 14 anos, é uma das promessas para o futuro feminino em áreas da tecnologia no Brasil

Camila Feitosa está no 9º ano do ensino fundamental e é a atual programadora de um dos times piauienses que competem nas Olimpíadas de Robótica. A jovem participa de eventos voltados a tecnologia desde os 11 anos de idade, sendo a única presença feminina na equipe. O protagonismo feminino em áreas de tecnologia foi pauta abordada durante o mês de março na TV Piauiense, levando nossa estudante a ganhar destaque na imprensa. 

Camila é, além da única mulher, líder da equipe de robótica do Colégio Diocesano. Embora tenha um bom relacionamento com os companheiros do grupo, ela sentir falta de outras meninas na área. “É supertranquilo o trabalho em equipe. Eu acho chato as vezes ser a única menina, mas eu sou muito amiga dos meninos e eles sempre foram muito legais comigo” destaca a programadora.

Segundo o levantamento “Meninas brasileiras e a inserção em STEM: um abismo no presente e horizonte para o futuro”, divulgado neste ano pela plataforma ‘Força Meninas’, as meninas enfrentam dificuldades ainda crianças para adentrar no universo das áreas de exatas. Por isso, para Camila Feitosa, tratar de assuntos como o protagonismo feminino é sempre importante, pois pode despertar em outras garotas curiosidade e vontade de participar, fortlecendo a presença feminina nessas áreas.

O interesse pelas áreas de tecnologia e exatas têm sido natural para Camila Feitosa, que compete este ano mais uma vez na Olimpíada Nacional de Robótica. O Pai da Jovem, Yuri Claudio, relata que Camila nunca foi pressionada e sempre seguiu seus próprios interesses. “Eu acho que a educação é o maior legado que podemos deixar para os nossos filhos e no caso da Camila sempre incentivamos ela, mas nunca houve pressão. Nós sempre deixamos ela brincar com o conhecimento”, pontua o pai.

Para o Coordenador de Tecnologia da Educação, professor Marcos Frazão, o incentivo dentro de casa aliado ao trabalho realizado dentro do Colégio Diocesano é essencial para desenvolver o talento de um aluno. “Quando comecei este projeto de programação o público eram os alunos do 7º ano do ensino fundamental até o ensino médio. A Camila apareceu como a única menina no 5º ano do ensino fundamental. Então nós abraçamos ela e percebemos ainda ali que ela era o diferencial! Tecnologia vem crescendo muito e o engajamento das meninas ainda é tímido, e eu sempre incentivo todas a participarem”, afirmou o Coordenador.

Para a a professora e historiadora Daniely Monteiro, a pouca presença feminina em áreas de exatas e tecnologia é consequência de um contexto histórico que impediu mulheres de estudar, de ocupar postos na academia e até mesmo de terem seus nomes divulgados em grandes feitos. “É um ciclo vicioso. O fato de haver menos mulheres na ciência no passado, também faz com que hajam menos mulheres na ciência atualmente. Quando existem mulheres sendo reconhecidas em setores predominantemente masculinos, elas abrem portas para outras mulheres”, finaliza a historiadora.

Confira entrevista concedida à TV O DIA

Confira Matéria veiculada na TV Antares Piauí- Afiliada TV Brasil

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