22.04.17

Alerta: fique de olho nas relações virtuais dos filhos

O uso que os adolescentes fazem da tecnologia tem sido alvo de preocupação constante dos pais. Temas de discussões recentes na mídia, o desafio da Baleia Azul e a série “13 Reasons Why”, disponível no serviço de streaming Netflix, são motivos de apreensão. O jogo, conforme informações, surgiu na Rússia, e propõe 50 tarefas que envolvem desde assistir filmes de terror a comportamentos autodestrutivos. No Brasil, a polícia investiga mortes de adolescentes supostamente provocadas pelo envolvimento no desafio. A série, baseada no livro homônimo, gira em torno de uma estudante que se mata após uma série de agressões sofridas dos colegas no ambiente escolar. A orientação dos pais aos filhos é muito importante para prevenir a adesão deles a conteúdos midiáticos e tecnológicos inapropriados. De acordo com o professor de Informática e Robótica do Colégio Diocesano, integrante da Rede Jesuíta de Educação (RJE), Marcos Frazão, não se deve impedir o acesso dos jovens à tecnologia, pois, usada corretamente, ela não atrapalha o rendimento escolar e na verdade é um benefício aos estudantes. “É um meio de informação complementar àquilo que o aluno não encontra no livro didático”, justifica. Mas é essencial que os responsáveis acompanhem o uso que os adolescentes fazem dos equipamentos eletrônicos. “Não é o jogo que instiga os jovens a provocar comportamentos autodestrutivos que os atrai, na verdade, todo e qualquer desafio é atraente para eles”, explica a coordenadora do Serviço de Orientação Educacional (SOE) do Diocesano, pedagoga Lília Lopes. Ela defende que os pais devem acompanhar os filhos e ficarem atentos ao comportamento deles nas redes sociais. “Quando o jovem procura um jogo não está pensando nas consequências, ele só quer ultrapassar as etapas. E quem vence é quem faz isso mais rápido, de forma mais habilidosa”, esclarece Lília. É importante atentar para mudanças de comportamento bruscas do adolescente. Segundo a psicóloga da Escola Santo Afonso Rodriguez (ESAR), integrante da RJE, Lisa Barros, atualmente, problemas como depressão e ansiedade se tornaram comuns entre os jovens e os sintomas podem ser manifestos por alterações de conduta. Ela destaca que a participação de adolescentes em desafios como a Baleia Azul também pode indicar problemas psicológicos mais graves. “Se antes o adolescente gostava de sair e socializar e agora ele só quer ficar em casa com o celular, notebook, pode ser indício de depressão. O contrário também, se ele está verborrágico e não era assim antes, é sinal de ansiedade”, aponta. Por isso, é importante que, ao identificarem que os filhos estão envolvidos com jogos perigosos, os pais procurem ajuda especializada. Apesar de alertar para os perigos do bullying, “13 Reasons Why” não toma os cuidados adequados para tratar do assunto. Cenas explícitas de violência e uma ideia romantizada da autodestruição foram muito criticadas por especialistas. A classificação indicativa da série é para maiores de 16 anos, portanto, menores devem assistir acompanhados dos pais. “Independentemente da idade, é muito importante que as famílias vejam junto, para proporcionar reflexões com os adolescentes”, orienta Lília.Espalhando boas atitudesComo contraponto à Baleia Azul, dois amigos paulistas – um designer e uma publicitária – que preferem não se identificar, criaram o desafio da Baleia Rosa no início de abril. A proposta do jogo, que tem Facebook, Twitter e Instagram, é instigar os jovens a participar de um desafio do bem, onde são estimuladas atitudes saudáveis que ressaltam valores de amizade, cordialidade e gentileza. A Baleia Rosa já conta com mais de 220 mil seguidores, somados em todas as redes sociais que possui. Segundo Lisa, a iniciativa é uma excelente força de resistência. “A página trabalha o tema de forma correta, porque com adolescentes devemos falar sobre valorização da vida”, ressalta.O Colégio Diocesano também está atento à necessidade de lutar contra esses problemas. O SOE preparou uma carta informativa que foi enviada aos pais por e-mail e entregue aos alunos em sala de aula. O setor também está disponível para que as famílias tirem dúvidas e busquem mais informações e orientações.Encontre ajudaServiço de Orientação Educacional do Diocesano: 2107-4400Fonte: Ascom Diocesano

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