25.09.19

Diozinho desenvolve atividades alusivas ao Setembro Amarelo

Nos colégios jesuítas, a proposta é formar pessoas por completo e não apenas no aspecto acadêmico.

Os Colégios Diocesano e Diocesano Infantil prezam pela formação integral de seus educandos, privilegiando as singularidades e a compreensão de contextos no processo educativo. Pensando na promoção da saúde e qualidade de vida, os colégios estimulam o cuidado consigo mesmo nos aspectos físico e mental, entendendo que isso também faz parte do ato de educar. Por isso, as instituições apoiam a campanha Setembro Amarelo, realizada anualmente em prol da valorização da vida e pela prevenção do suicídio.
Nos colégios jesuítas, a busca pelo equilíbrio é fundamental: a proposta é formar pessoas por completo e não apenas no aspecto acadêmico. “Ainda que o colégio não possa assumir um papel clínico é, sobremaneira, um espaço de promoção, proteção e rede de apoio para crianças, jovens, família e colaboradores”, explica a psicóloga educacional do 2º e 3º anos do Ensino Fundamental, Denise Martins.
Sensibilizações sobre a campanha estão sendo realizadas junto à comunidade escolar. “Foram planejadas atividades variadas como: práticas de Yoga, dinâmicas para trabalhar integração, técnicas de resolução de problemas e rodas de conversa com representante do Centro de Valorização da Vida – CVV”, explica a psicóloga educacional da 3ª série do Ensino Médio, Lorenna Munise. Com as crianças do Diocesano Infantil, são desenvolvidas “ações de autocuidado, reconhecimento e expressão das emoções, estimulando as relações de amizade, gentileza e cooperação”, conta a psicóloga educacional da unidade, Cássia Dias.
O objetivo principal do Setembro Amarelo é desmistificar os tabus acerca do suicídio, que é a segunda principal causa de morte entre jovens com idade entre 15 e 29 anos, de acordo com dados de 2018 da Organização Mundial da Saúde (OMS). Dessa forma, é possível disseminar conteúdo de forma responsável – sem sensacionalismo, mas sem banalizar – e promover o diálogo, mostrando que a ajuda especializada é o caminho para quem se encontra em uma situação de vulnerabilidade psicológica. Contribuindo com a campanha, trazemos informações sobre o tema.

Sinais de alerta

“Mudanças bruscas de comportamento (por exemplo, agressividade ou isolamento), declínio nas notas, mudanças negativas em relação aos compromissos escolares, comportamento auto lesivo e, até, aumento ou início de uso de álcool e drogas”, são atitudes que devemos observar, informa a psicóloga educacional Denise Martins.
É importante salientar que decisões que ferem a vida são resultado da interação de muitos fatores complexos. Segundo a OMS, há doenças mentais associadas aos casos de suicídio, mas também doenças físicas crônicas, graves ou estigmatizadas que estão relacionadas. Além de questões sociais, ambientais e biológicas. Ou seja, um comportamento isolado precisa de cuidados, mas não indica, necessariamente, risco à vida.
“Algumas crianças e adolescentes podem ter predisposições genéticas ou situações em sua história de vida que as deixam mais vulneráveis também. Nesses casos, nem sempre a escola tem ciência, mas o diálogo é uma alternativa que viabiliza muitas oportunidades de cuidados e intervenções”, comenta a psicóloga.

Como ajudar

Oferecer-se para escutar alguém é sempre bom. Nesse momento, deve-se ouvir atentamente e ser empático, aceitar e respeitar os sentimentos do outro, sem julgamentos. “A escuta qualificada, a atenção aos aspectos emocionais mais e menos evidentes e não tratar como ‘besteira’ as aflições e momentos de tristeza também é importante”, explica Denise Martins.
A psicóloga ainda enfatiza que é preciso “entender não só as possibilidades de ajuda e acolhimento, mas também os limites disso. Situações que envolvem riscos requisitam intervenções e encaminhamentos profissionais”. Portanto, além de oferecer apoio e escuta, o ideal é orientar que a pessoa em vulnerabilidade procure atendimento especializado com psicólogos e psiquiatras.

Qualidade de vida, saúde física e mental

Para levar uma vida plena e saudável é primordial buscar qualidade de vida na medida do possível, de acordo com o contexto socioeconômico em que cada um está inserido. A alimentação deve ser adequada a cada estágio de desenvolvimento da vida e é indispensável manter-se hidratado ao longo do dia. Boas noites de sono devem ser prioridade, para repor as energias e descansar de forma adequada.
Exercícios físicos são importantes para preservar a saúde. Além disso, atividades que deem prazer devem fazer parte do cotidiano de cada pessoa, para manter o bem-estar e o equilíbrio. Também é fundamental promover o “reconhecimento e valorização das habilidades de cada um e [distribuir] muito afeto”, ressalta a psicóloga educacional do Diocesano Infantil, Cássia Dias. Dessa forma, é possível prevenir o surgimento de doenças físicas e mentais e, também, promover a autovalorização, por meio do cuidado consigo mesmo.

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