14.10.20

P. Pedro Vicente: histórias, dedicação e ensinamentos

P. Pedro Vicente: histórias, dedicação e ensinamentos

Esta quarta-feira, 14 de outubro, marca o sétimo dia da Páscoa de P. Pedro Vicente Ferreira, SJ, para a casa do Pai. No Piauí, o superior do Núcleo Apostólico de Teresina e diretor espiritual do Colégio Diocesano Infantil deixou um legado de devoção, alegria, simplicidade e dedicação para as nossas comunidades acadêmicas e a todos com quem convivia no dia a dia.

Conversamos com algumas das pessoas que faziam parte do seu cotidiano e que trabalharam de perto com essa figura tão querida por todos. Momentos de aconselhamento, orientação, acolhida e ensinamentos são algumas das histórias compartilhadas nos depoimentos abaixo.

“Quando alguém parte, voa para o alto e leva um ponto de fio para que o Artesão Universal continue a construir o Céu. A partida do P. Pedro nos aproximou mais, através do estreitamento dos laços, continuamos a dar os pontos neste mosaico que o que tem de complexo, tem à sua proporção de fascinante e encantador. Um dia iremos, junto ao P. Pedro, levar a nossa contribuição e perceberemos que o fio que carregamos é de ouro e o contínuo da nossa existência se funde com a plenitude da Vida que começa no bem que fazemos. P. Pedro nos inspira a continuar com alegria e generosidade a construção do Céu na história dos homens e mulheres”.

Padre Vicente Palotti Zorzo, SJ, diretor Geral dos colégios Diocesano e Diocesano Infantil 

Conheci o P. Pedro Vicente faz um bom tempo. Na época, era diretor do Colégio Nóbrega, em Recife (PE). E o que me chamou mais atenção foi justamente o acolhimento e a escuta, pois se preocupava com todos e sabia ouvir. Ouvia cada um com muita atenção e paciência, ficávamos com o coração agradecido por tamanha generosidade e carinho. Sua presença transmitia paz. Não havia momento ruim para ele, achava que tudo estava ótimo. Sempre estava atento a tudo e a todos, e não lhe faltava uma palavra de conforto e esperança para qualquer momento.

P. Pedro tinha uma devoção especial por Nossa Senhora e gostava sempre de rezar o terço no comecinho do dia e no finalzinho da tarde. Era um homem de oração e discernimento, seu modo de agir gerava reflexão naqueles que tinham oportunidade de desfrutar de sua presença.

Ele realmente era uma pessoa acolhedora e simples. Sempre aconselhava com palavras de consolo e de esperança. Que Deus receba esse nosso querido amigo, P. Pedro Vicente Ferreira, SJ, em sua presença e que nos conceda o conforto para seguirmos confiantes em nossa missão”.

– Ir. Erick Viana, SJ, diretor Administrativo dos colégios Diocesano e Diocesano Infantil

“Conhecer P. Pedro foi um presente de Deus. Não tinha como conviver com ele diariamente e não o amar. Seu testemunho de acolhimento, de mansidão e, sobretudo, de amor a Deus e à Nossa Senhora era contagiante. Por todo o bem que ele fez no cumprimento da sua missão, rogamos para que ele esteja repousando nos braços de Jesus e de Maria, e que esteja experimentando as belezas do paraíso de Deus”.

– Professora Margareth Rodrigues, diretora Acadêmica dos colégios Diocesano e Diocesano Infantil

“Quando eu penso no P. Pedro, a primeira cena que me vem à cabeça é a daquele padre que adorava trabalhar no Diozinho com as crianças pequenas. No início, tinha dúvidas sobre como ia ensinar crianças tão pequenas e, por isso, foi uma satisfação tão grande ir descobrindo as habilidades que tinha quanto ao exercício do seu trabalho.

Ele se preocupava desde a criança até o colaborador, sempre com uma palavra de conforto. Tinha um olhar cuidadoso e atencioso para todos da comunidade escolar. Ele causou um grande impacto no Diocesano Infantil, dando uma cara nova ao trabalho da Formação Cristã desenvolvido aqui. Buscava desenvolver ações diferenciadas no calendário religioso. Ele, apoiado pela Constância, resignificaram o Cantinho da Oração, ao envolver verdadeiramente as crianças naquele momento de oração e reflexão – como eles mesmo diziam, “ao brincar de Falar com Deus”. Ele virou uma referência para essas crianças.

O P. Pedro era eclético, tinha muitas habilidades. Em tudo que iriamos fazer, nós o consultávamos primeiro. Afinal de contas, ele era um pedagogo também e gostava de estar envolvido no planejamento das nossas ações. Participava de todas as formações, planejamentos e encontros de convivência.

Ele fortaleceu o espirito de todos no Diozinho. Tenham sido eles nos momentos de tristeza, como também nos momentos de alegrias.

Só temos a agradecer a Deus por ter nos permitido conviver com esse homem de Deus”.

– Professora Luiza Maria Ferreira de Oliveira, coordenadora geral do Diocesano Infantil


“Uma das coisas que P. Pedro trouxe para nós, do Colégio Diocesano Infantil, foi a importância de cultivar a simplicidade em todas as coisas que fossemos fazer. Porque Deus é Simples. Ele sempre ouvia a todos e se preocupava com o bem-estar dos colaboradores, das crianças e suas famílias. Lembro de um episódio em que, após retornar de uma viagem a Fortaleza (CE), estava um pouco diferente e questionei sobre isso. Respondeu dizendo que como estava com problemas de audição, havia colocado um aparelho auditivo porque queria ouvir melhor as crianças. […] O P. Pedro tinha como sua marca registrada a “chuvinha” – a bênção com água benta ao final da oração. As crianças amavam esse momento, tanto que quando ele não estava presente, perguntavam por ele. Ele é muito amado por elas e por todos nós”.

Constância Maria Vieira, amiga de P. Pedro e colaboradora do Diocesano Infantil

“Eu me lembro que quando ele chegou aqui em Teresina pela segunda vez, ao se encontrar comigo disse ‘que bom que ainda está aqui’ e foi logo perguntando sobre o colégio. Ele dizia que era época de acreditar e de experimentar coisas novas. Ele sempre se mostrou uma pessoa simples e humilde, suas duas principais características. Ele era um homem de fé. Sempre que precisávamos dele, como meu confessor, estava disponível. Era uma pessoa que ofertava sua vida em favor da missão. Era um homem firme e que quando queria algo, ia à luta. Ele era teimoso e essa teimosia era fruto da sua certeza de que tudo daria certo no final”.

– Francisco das Chagas Silva, amigo de P. Pedro e colaborador do Colégio Diocesano

“Quando cheguei no Colégio em 2009, convivi com ele um bom período. Ele ia comigo para o Sítio Santo Inácio acompanhando os alunos durante o Dia de Formação (DDF). Os meninos amavam quando ele pegava o apito e ia jogar bola. Eu falava ‘padre, está muito quente para o senhor’ e ele respondia ‘não, os meninos gostam. Está tudo bem’. Isso me ensinou muito como pessoa que trabalha bastante com criança, já que tenho vivência de catequese, a deixar eles viverem aquele momento deles. Ele deixava eles livres, mas com aquele jeito dele de pai e avô, colocava também limites e era bastante respeitado. As crianças obedeciam a ele.

Muitas vezes, chegava e me perguntava se eu estava cansada e se preocupava pelo meu jeito apressado, então ele me ensinou muito a ser uma pessoa mais paciente e observadora. Na hora das refeições, pacientemente ensinava os alunos a fazerem sua própria oração.

Ele era aquela pessoa que você via Deus falando através dele. Quando eu soube que ele estava doente, me deu uma tristeza muito grande. Ele sempre me tratou com muito carinho. Eu tinha e sempre vou ter um grande carinho por ele”.

– Rosa Alves, amiga de P. Pedro e colaboradora do Colégio Diocesano

“Um homem bom! A primeira vez que conversei com P. Pedro Vicente foi 1987, em Fortaleza (CE) e a última, ainda permanece. Não sei do que conversamos, mas lembro do silêncio. É porque falava com a audição. Tinha mais escuta do que a palavra; acolhia a gente como Jesus acolhia as crianças através de um discreto sorriso. Tinha uma presença absolutamente humana, quase como um ato testemunhal do Deus vivo. Fiquei pensando nestes dias, alguma lembrança, alguma coisa que tivesse escutado dele e me veio uma imagem de ternura: assim era quando visitava a gente na comunidade que morávamos; assim era na sua sala de atendimento; assim era na quadra do colégio como juiz – isso mesmo. Um bom juiz! Em tempos cinzentos, em que vivemos, trazer à memória do P. Pedro é reelaborar o verbo: esperar por esperançar; falar por escutar; comandar por acolher e receber por doar, … doação, oração. “ Tomai, Senhor, e recebei toda a minha liberdade, a minha memória também…”. Não tenho muito para falar, somente agradecer pela experiência de vida do P. Pedro”.

– José Vanderlei Carneiro, pai de estudantes do Colégio Diocesano

“Falar do P. Pedro é falar de um amigo. Eu estudei no Diocesano por 11 anos e a figura dele nos corredores me transmitia paz. Quando estávamos jogando bola, ele chegava para ser o juiz e apitar o jogo. Quando estávamos conversando, ele chegava para conversar conosco. P. Pedro é aquela figura que chamava a todos nós de “meu filho” e “minha filha”. Ele me confessou na minha 1ª Eucaristia e também na minha Crisma. Caso alguém precisasse de uma conversa ou conselho, ele ia até você e, por muitas vezes, ele foi muito mais do que um Padre: foi um professor e um amigo. Lembrar dele é lembrar de um grande exemplo. Foi um homem que amou como Jesus amou acima de qualquer coisa. Se eu sou quem hoje eu sou, foi por causa dos ensinamentos dele”.

– João Victor Lopes Freitas, antigo aluno do Colégio Diocesano

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